Espécie endêmica do Brasil (Ribeiro et al., 2022), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Belmonte, Camacan, Canavieiras, Ilhéus, Ituberá, Palmeiras, Una e Uruçuca —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Linhares e Santa Teresa —, no estado de Minas Gerais — no município Itambé do Mato Dentro —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Barra Mansa, Cabo Frio, Itatiaia, Resende, Saquarema e Valença —, e no estado de São Paulo — nos municípios São Miguel Arcanjo e Ubatuba.
A espécie possui hábito arbóreo, chegando até 27 m de altura, ou arbusto. É hermafrodita e não apresenta registros de comercialização. É endêmica da Mata Atlântica, onde se distribui nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Devido a ausência de estudos sobre tendências populacionais e análises quantitativas, a espécie pode ser avaliada apenas pelo critério B (distribuição geográfica). Ocorre em áreas de Floresta Ombrófila, com 33 registros, distribuídos numa extensão de ocorrência (EOO) igual a 480.992 km², ocupando uma área (AOO) de 108 km². A conversão de habitat em áreas de pastagem, principal ameaça para a espécie, foi registrada em 17 municípios, incidindo severamente sobre 5 deles e moderadamente sobre 4 municípios. Como resultado, observa-se a redução de 14,50% da AOO, além da conversão de 10,51% da AOO em áreas de mosaico de agricultura e pastagem. A silvicultura e expansão da zona urbana também são vetores de pressão para a espécie. A espécie apresenta cerca de 19 subpopulações, 12 delas inseridas em áreas protegidas. Como as Unidades de Conservação são, em sua maioria, abertas à visitação, se infere eventual perda de qualidade de habitat, totalizando 19 localidades condicionadas à ameaça e impedindo o uso do subcritério a. Cabe ressaltar que a espécie se distribui em estados com grande esforço de coleta, conta com registros antigos e recentes e, mesmo apresentando ampla extensão de ocorrência, possui apenas 33 registros. O valor de AOO e a projeção de declínio contínuo de área de ocupação e qualidade de habitat (subcritérios bii e biii), indicariam categoria mais severas (EN), mas como o subcriterio a não é atendido, atualmente é possível enquadrar a espécie na categoria Quase Ameaçada - NT.
Descrita em: Bot. J. Linn. Soc. 184(3): 320, 2017. Popularmente conhecida como piuna no Rio de Janeiro, piquí-doce na Bahia e pequi-izaias no Espírito Santo (Ribeiro et al., 2022).
| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | regional | low |
| De acordo com o MapBiomas, os municípios Barra Mansa (RJ), Cabo Frio (RJ) e Saquarema (RJ) possuem, respectivamente, 6,6% (3613,45ha), 14,27% (5903,37ha) e 13,75% (4843,42ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). | |||||
Referências:
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| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | low |
| De acordo com o MapBiomas, o município São Miguel Arcanjo (SP) possui 19,6% (18230,91ha) do seu território convertido em áreas de silvicultura, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022). De acordo com o IBGE, os municípios Belmonte (BA), Santa Teresa (ES), Resende (RJ) e São Miguel Arcanjo (SP) possuem, respectivamente, 9,56% (18538ha), 16,11% (11001ha), 7,25% (7970ha) e 15,19% (14135ha) de seus territórios convertidos em áreas de silvicultura, segundo dados de 2020 (IBGE, 2022). | |||||
Referências:
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| Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
|---|---|---|---|---|---|
| 1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | regional | low |
| De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Belmonte (BA), Camacan (BA), Canavieiras (BA), Ilhéus (BA), Palmeiras (BA), Una (BA), Itambé do Mato Dentro (MG), Linhares (ES), Santa Teresa (ES), Barra Mansa (RJ), Cabo Frio (RJ), Itatiaia (RJ), Resende (RJ), Saquarema (RJ), Valença (RJ) e São Miguel Arcanjo (SP) possuem, respectivamente, 36,92% (71595,52ha), 14,25% (8334,64ha), 45,87% (61198,53ha), 11,52% (18296,2ha), 18,8% (13864,99ha), 12,62% (14223,4ha), 25,02% (9515,08ha), 44,79% (156587,97ha), 22,02% (15040,26ha), 49,17% (26904,89ha), 50,4% (20843,95ha), 19,49% (4696,71ha), 36,92% (40583,17ha), 36,33% (12792,81ha), 58,89% (76599,78ha) e 9,98% (9286,23ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022). De acordo com o MapBiomas, os municípios Barra Mansa (RJ), Belmonte (BA), Cabo Frio (RJ), Camacan (BA), Canavieiras (BA), Ilhéus (BA), Itambé do Mato Dentro (MG), Itatiaia (RJ), Linhares (ES), Palmeiras (BA), Resende (RJ), Santa Teresa (ES), São Miguel Arcanjo (SP), Saquarema (RJ), Una (BA) e Valença (RJ) possuem, respectivamente, 48,41% (26488,28ha), 34,71% (67314,55ha), 48,16% (19910,2ha), 13,97% (8171,19ha), 42,52% (56733,26ha), 11,12% (17662,32ha), 22,97% (8735,99ha), 18,25% (4398,36ha), 42,48% (148518,25ha), 16,32% (12035,07ha), 36,48% (40101,37ha), 20,84% (14234,14ha), 9,33% (8680,24ha), 32,4% (11410,45ha), 12,01% (13537,09ha) e 59,02% (76768,96ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 14,50% (1.566,36 ha) da sua AOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,23% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2010 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 2,61% aa. Ademais, em 2020, a espécie apresentava 10,51% (1.134,84 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que cresce a uma taxa de 0,02% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência (MapBiomas, 2022b). | |||||
Referências:
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| Ação | Situação |
|---|---|
| 5.1.2 National level | on going |
| A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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| Ação | Situação |
|---|---|
| 5.1.2 National level | needed |
| A espécie ocorre em territórios que serão contemplados por Planos de Ação Nacional Territorial (PAT), no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES). | |
| Ação | Situação |
|---|---|
| 1.1 Site/area protection | on going |
| A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Costa de Itacaré/Serra Grande, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João - Mico Leão, Área de Proteção Ambiental Lagoa Encantada, Área de Proteção Ambiental Marimbus/Iraquara, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual da Pedra Selada, Parque Estadual da Serra da Concórdia, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Nacional do Itatiaia e Reserva Biológica de Una. | |
| Uso | Proveniência | Recurso |
|---|---|---|
| 17. Unknown | ||
| Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. | ||